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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Verificação de veracidade

Em artigo anterior tratei da literalização da verdade. Neste, prosseguindo na relação entre Literatura e falsificação da verdade, falarei da construção de filosofias inteiras construídas com base em verossimilhança, sem citar nomes, porém, caminhando no campo teórico. Fica, assim, a cargo do leitor observar se o que digo condiz com a realidade. Pode ser que, posteriormente, eu aborde e analise conjuntos de pensamentos, com vistas às coerências interna e externa.

COERÊNCIA INTERNA E COERÊNCIA EXTERNA
Em um texto, podem haver as coerências interna e externa. A coerência pode ser entendida como a perfeita relação lógica entre os enunciados. No caso da coerência interna, o avaliado são simplesmente as formas lógicas dos enunciados esvaziados de sua significação relativa à realidade. No silogismo a seguir explicito o dito:

Todo o chinês é azul
João é um chinês
Logo, João é azul

Perceba-se que quanto às relações formais internas o texto é em sua totalidade coerente. Não há, logo, erro lógico no interior do silogismo. Se a conclusão fosse omitida, facilmente, uma pessoa cujo uso da lógica é eficaz chegaria a tal conclusão. Contudo, basta olhar para os significados das palavras e as suas relações com a realidade para ver-se uma brutal incoerência. Ora, nenhum chinês é azul, uma pessoa chamada João nunca será chinesa, salvo em casos especiais; assim, a conclusão, com vistas à realidade, é totalmente equivocada.

O enunciado em questão possui a coerência interna, mas é desfalcado da externa. Deste modo, a coerência externa é a perfeita relação lógica entre os enunciados e a realidade. Se, realmente, todo o chinês fosse azul e João chinês, o silogismo seria coerente interna e externamente. Segue outro silogismo, este é coerente interna e externamente.

Todo o brasileiro é americano
João é brasileiro
Logo, João é americano

Estas proposições formam uma conclusão coerente com as mesmas proposições e com a realidade. Duplamente coerente.

FILOSOFIAS VEROSSÍMEIS
Quando um conjunto de proposições são coerentes apenas internamente, como em uma obra literária cujo tema é a civilização pós-moderna dos marcianos, ele é comumente chamado de verossímel. A verossimilhança é a perfeita relação lógica formal entre os enunciados textuais.

Uma filosofia verossímel é aquela cuja coerência interna é perfeita, sem falhas, sem contradições, mas contendora da ausência da perfeita relação lógica com a realidade. Em seu significado, ela não condiz com a realidade, com fatos, com as coisas que realmente ocorrem. Assim, ela não passa de um conjunto de pensamentos sem significação real. Pode-se, assim, analisar uma filosofia estúpida e não encontrar contradições internas nela, contudo, se se compara os enunciados, as proposições, de semelhante filosofia com a realidade, ela se mostrará incoerente e, portanto, falsa.

Tendo vistas para tal, na verificação da veracidade de um conjunto de pensamentos deve-se proceder primeiro com a análise da coerência interna; não encontrando incoerências, o passo a seguir-se é a avaliação das relações lógicas e semânticas das proposições teóricas com a realidade. Se as proposições e conclusões condizem com o que ocorre de fato, a filosofia é verdadeira, se elas não concordam com a realidade, a filosofia é falsa e apenas verossimilhante.

Se, entretanto, a filosofia não passa nem no teste da coerência interna, ela é inverossímel e falsa.

O que costuma acontecer com as filosofias mais acertadas é uma perfeita verossimilhança concomitantemente a uma quantidade considerável de proposições condizentes com a realidade, todavia, há filosofias que são em si mesmas incoerentes, não alcançando nem a simples verossimilhança, que dirá, pois, a veracidade.

Assim, o processo ao qual o indivíduo deve submenter uma filosofia é:

1) Verificar a coerência interna
2) Verificar a coerência externa

Em encerramento deste artigo, há filosofia baseadas em um enunciado crucial cuja a destruição implica no desmoronamento de toda a arquitetura dos pensamentos. Uma proposição só que, se demonstrada sua incoerência, toda a filosofia desaba. Se o indivíduo encontra esse ponto de incoerência, desmascarando-o, pode refutar sem mais esforços uma filosofia. No simples caso do primeiro silogismo, a proposição em que a conclusão se baseia é a "Todo o chinês é azul". Comprovada a falsidade de tal enunciado, desmonta-se todo o silogismo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Jogada Perversa

Claustrofobia é o pavor (-fobia) de se encontrar em lugares fechados (claustro-). Aracnofobia é o pavor de um indivíduo relativo a aranhas. Homofobia, por sua vez, etimologicamente, é o pavor de um indivíduo em relação a pessoas iguais a si, mas um segundo significado é atribuído ao termo: distúrbio psicológico cuja caracterização se dá pelo ódio ao homossexual. Assim, homofóbico é a pessoa que, por causa de sua doença psicológica, sente um extremado ódio do homossexual, sendo levado a atitudes ofensivas a ele, como espancamento, torturas e assassinato.

A utilização ultimamente feita pelo movimento gay do termo homofobia é uma jogada perversa, porque coloca todos aqueles que professam a sua repulsa a relações homossexuais na posição de doentes psicológicos, isto é, homofóbicos. Ora, o sujeito que sofre do distúrbio homofobia deve ser internado sem perca de tempo em alguma instituição de tratamento, como o esquizofrênico em alto grau, como o maníaco, porque pode realmente cometer atentados contra a vida e a liberdade. Mas o sujeito que simplesmente sente repulsa por relações homossexuais não vai assassinar o gay por isso, não vai espancá-lo, não vai torturá-lo.

Os cristãos, por exemplo, abominam o homossexualismo, porque é abominação para Deus, mas em momento algum alguém vai poder ver um cristão que permanece fiel à palavra de Deus espancando um homossexual. Uma coisa é abominar o modo de vida de uma pessoa, as suas crenças, as suas ideologias, as suas práticas, outra completamente diferente é o afeto relativo a pessoa. O crente abomina o homossexualismo, mas ama o homossexual no amor de Jesus Cristo. Deus não ama o pecado, mas ama o pecador.

O heterossexual sente repulsa por relações homossexuais, e isso é natural; querer mudar tal coisa é querer violar a privacidade de sentimentos e caminhar contra a natureza. O heterossexual não é obrigado a achar bonito a relação homossexual; querer fazer com que ele pense o contrário é agredir a sua liberdade.

O que o movimento gay quer fazer é inaceitável, porque implica em uma reestruturação da mente humana e da natureza dos indivíduos formadores de uma sociedade, além de caminhar contra a própria constituição do país, que assegura a liberdade de pensamento, de expressão religiosa e filosófica.

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