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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Comentário de I Pedro 1:6

Por Rouver Júnior

INTRODUÇÃO

A salvação dos eleitos está prestes para se revelar e o fim dos tempos está próximo. E nisso os escolhidos de Deus se alegram com intensa alegria, não deixando abater-se pelas dificuldades necessárias sobrevindas, porque é importante que sejam tentados para que a sua fé se ache verdadeiramente aperfeiçoada na volta de Cristo nos ares.


TEXTO DE BASE

"Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações," [1Pe 1:6]


COMENTÁRIO

Os cristãos aos quais Pedro escreve a sua primeira epístola universal eram defrontados com graves ofensas e passavam por provações tão árduas a parecer que atravessavam o fogo. E de fato, em 64 d.C., um ano após a escrita da Carta, o imperador romano Nero pôs fogo em Roma e nos cristão.

Tendo Roma incendiada, Nero culpa os cristãos de terem posto fogo na cidade mais importante de todo o vasto Império Romano. Segue-se uma ávida perseguição aos servos do Senhor, com torturas e cremações de cristãos ainda vivos.

As provações pelas quais passavam os cristãos residentes no Império eram horríveis, e os destinatários da presente epístola estavam espalhados contra a sua vontade por cinco províncias romanas. Mas toda a perseguição não era capaz de roubar a alegria destes crentes de terem a salvação. Ainda que tivessem que passar pelo fogo, passariam alegres porque estavam firmados na Rocha Eterna, que é Cristo. Eles se alegravam, pois, ainda que sofressem por instantes graves aflições, o fim de toda a angústia estava próximo. Todo o sofrimento é seguido de vitória para os eleitos de Deus.

Cristo não voltou enquanto viviam, mas, agora, dormindo descansam, esperando o dia da revelação de Jesus Cristo.

"Em que vós grandemente vos alegrais" - Os eleitos de Deus, santificados pelo Espírito Santo, obedientes, aspergidos pelo sangue de Cristo, gerados de novo segundo a grande misericórdia de Deus, "para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos", herdeiros fiéis guardados no poder de Deus para a salvação, tendo a salvação guardada por Deus nos céus, em meio às provações, se alegravam com grande alegria no Senhor.

"ainda que agora importa" - Esse trecho nos mostra a importância de sermos por ora provados e a real possibilidade de nos alegrarmos indiferentemente das contrições sobre nós advindas por ocasião de "várias tentações". O "agora importa" mostra a importância de sermos tentados e o "ainda" mostra a indiferença dos destinatários concernente às contrições, porque, "ainda" que seja importante serem tentados, eles se alegram grandemente.

"sendo necessário" - Além de ser importante estarmos "contristados com várias tentações", é necessário que isso ocorra, o que nos mostra que as tentações são proveitosas e não maléficas para os eleitos. Com as tentações temos nossa fé aperfeiçoada e ganhamos a oportunidade de demonstrar a Deus o nosso amor por Ele, não somente através de palavras, mas com atitudes. Sendo tentados e resistindo às tentações, vamos muito além das palavras e declaramos com nossas atitudes o nosso inapagável amor por Aquele que nos criou.

Nisso vemos claramente a afirmação bíblica de que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto." [Rm 8:28]

Aquilo que para os outros é destrutivo, para o cristão fiel é construtivo. Tudo contribui para o seu bem e o diabo foge dos que o resistem.

"que estejais por um pouco contristados com várias tentações" - Além das coisas já ditas, quero salientar dois termos: "pouco" e "várias". Os dois estão em contraste. Um denota quantidade pequena e o outro quantidade grande. Os eleitos passam por um grande número de tentações, mas Cristo diz "tende bom ânimo". Cristo venceu o mundo e, guiados e fortalecidos por Ele, podemos também vencer o mundo.

Os servos de Deus passam por várias tentações em um espaço curto de tempo. Pode-se compreender algo interessante daí. As tentações são numerosas, mas ocorrem "por um pouco", isto é, por pouco tempo. A dificuldade vem ardendo como fogo, mas é fogo passageiro que acaba em um instante, vindo depois a grande vitória. Os cristãos que foram queimados podiam pensar assim: "Vale mais suportar as chamas desse mundo por um pouco de tempo e depois subir aos céus que viver sem esse sofrimento e, tendo descido ao inferno, queimar em chamas muito mais aquecidas que essas por toda a eternidade."

Assim, conclui-se:
  1. Os eleitos alegram-se grandemente na salvação que está próxima;
  2. É importante e necessário que os eleitos sejam tentados;
  3. As tentações vêm em grande número;
  4. As tentações causam contrição;
  5. Mas as várias tentações duram pouco tempo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Comentário de I Pedro 1:5

Por Rouver Júnior

INTRODUÇÃO


Os cristãos verdadeiros, eleitos por Deus Pai desde a eternidade segundo o seu conhecimento anterior de todas as coisas, santificados pelo Espírito Santo, obedientes a Deus e aspergidos pelo sangue de Jesus, deixaram no passado a velha criatura e foram gerados novamente conforme ao sentimento de dor nascido no coração de Deus pela visão da miséria do pecador. Gerados para uma viva esperança, herança imutável, guardada por Deus nos céus para todos os que aceitam a Jesus Cristo e obedecem os seus mandamentos.


TEXTO DE BASE

"Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo,"


COMENTÁRIO

A herança de Deus para o eleito está protegida de tudo por Deus nos céus e o eleito está guardado na virtude de Deus para receber essa herança, a salvação, de modo a não haver nada que impeça o escolhido de Deus de recebê-la.

Deus guarda a herança e Deus guarda o herdeiro [1:4-5].

O agente causador da separação entre o homem e Deus é o pecado; contudo, a Bíblia nos afirma em 1Jo 5:18 que o nascido de Deus não pratica continuamente o pecado, antes conserva-se com as características e a natureza recebidas do Pai em quem foi gerado.

Paulo, por sua vez, transmite-nos a segurança de que nada nos separará do amor de Deus, que está em Cristo Jesus [Rm 8:31-39].

O pecado separa o homem de Deus, mas o homem eleito não permanece no pecado. O eleito ainda que caia, pecando, tem quem o levante. O homem é quem cai, Deus é quem o levanta. É notório. O verdadeiro cristão tem um Advogado para com o Pai, que levou sobre si todos os nossos crimes, estando hoje perante o Pai, intercedendo e se compadecendo de nossas fraquezas, porque, como nós, em tudo foi tentado, mas sem erro algum. Tal Advogado nos garante a absolvição, pois, uma vez lavados em seu sangue, somos feitos justos, não havendo mais nenhuma condenação sobre nós que andamos espiritualmente [1Jo 2:1-2; Rm 8:1].

Em meio a todo o sofrimento, os eleitos podem permanecer seguros do bom final das coisas. Deus guarda a nossa salvação e Deus nos guarda para a salvação.

É importante ver que estamos "guardados na virtude de Deus para a salvação", mas somos guardados "mediante a fé". Quem não tem fé não está guardado, quem não crê em Cristo não pode ter a esperança da salvação. Sem fé é impossível agradar a Deus. A sociedade ocidental, em grande escala, aboliu a sua crença real em Deus e hoje vive um tempo de vazio, de desespero e desesperança.

Convém notar também que a fé não é uma simples crença sem sentido. Ela é "firme fundamento" e "prova", como nos informa Aos Hebreus 11:1. Acreditar em algo simplesmente por acreditar, no fim, é inútil. A religiosidade por si mesma é morta, como era a dos fariseus censurados por Cristo. É preciso crer em Deus e conhecê-lo. Neste ponto acontece o grande erro do relativismo religioso, pois prega a importância de se crer indistintamente da religião, da doutrina, das proposições anunciadas como verdade, porque não há uma verdade, mas várias.

A partir daí pode-se crer em qualquer coisa, mesmo se as doutrinas forem opostas, sendo importante apenas a fé; é a fé na fé. Ser adepto de uma religião que prega o ódio é o mesmo que aderir a uma defensora do amor. Esse tipo de fé é frágil e irracional, sem firmeza alguma. Mas a fé em Jesus Cristo é muito diferente.

"ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." [Hb 11:1]

A fé cristã é a certeza do cumprimento da esperança. Esperamos, não duvidosos, mas em certeza e segurança. Sabemos que a nossa salvação vai cumprir-se. Não agora plenamente, mas na revelação de Jesus Cristo, quando Ele vier nas nuvens para buscar a sua igreja.

A fé também é prova do invisível; não somente das coisas imperceptíveis aos olhos humanos, mas também das visíveis ainda não manifestas a nós.

Portanto, temos a firme e plena convicção do fato de Deus nos guardar para a salvação. Dessa forma, o que pode impedir alguém de alegrar-se em Cristo? Não há perseguição maior do que a nossa esperança. Lutando agora, sabemos que a vitória virá, porque o Senhor é conosco.

Algo a ser visto é que o tempo de nossa vitória não só é certo, mas está próximo. A nossa salvação já está "prestes para se revelar no último tempo", por onde vemos também que o fim está perto.

A palavra de Deus nos afirma que o fim vem sobre os quatro cantos da terra, que na volta de Cristo será como nos dias de Noé. A salvação está, agora, prestes para saltar aos olhos de todos os homens como um relâmpago atravessando o céu, desde o oriente até o ocidente, num abrir e fechar de olhos. Assim, conclui-se:

  1. Estamos guardados por Deus para a salvação;
  2. Somos guardados mediante a fé;
  3. A salvação se revelará no último tempo;
  4. A salvação já está perto de se revelar;
  5. Logo, o último tempo está próximo.
Cristo diz:
"E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.
Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." [Ap 22:12-14]

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