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terça-feira, 7 de abril de 2009

Comentário de I Pedro 1:8

por Rouver Júnior

INTRODUÇÃO


Em versículos anteriores pode-se ver claramente a presença do assunto "fé", como meio pelo qual somos guardados por Deus para a salvação e como elemento aperfeiçoável pelas tentações. Em I Pedro 1:8 a presença da "fé" é fortíssima. Neste versículo evidencia-se o poder grandioso da fé colocada nos eleitos por Deus, potente o bastante para fazer com que os cristãos amem ao Senhor sem tê-Lo visto e, além, se alegrem com alegria indescritível. A fé sadia é dada por Deus, é firme fundamento e também prova. Não está alicerçada em solo arenoso, junto às águas da praia, mas sobre a Rocha eterna, que nos proporciona segurança mesmo em meio às piores tempestades.


TEXTO DE BASE

"Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;" [1Pe 1:8]


COMENTÁRIO

"Ao qual, não o havendo visto, amais;" - Pedro confiantemente atesta que nenhum dos destinatários da Epístola, habitantes no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na Ásia e em Bitínia, viram a Jesus Cristo, seja antes de Sua morte na cruz, seja após a ressurreição. Outro pensamento afirmado também é: mesmo não havendo nunca visto a Jesus, os cristãos aos quais se escreve amavam-No. Apesar de nunca haverem visto o Messias, eles tinham convicção de todo o testemunho de Deus, tanto da existência de Cristo, quanto de Sua morte, além da Sua ressurreição e também de Sua vida e glória atuais junto ao Pai, do Juízo Final e da eternidade com Deus. Não fosse o caso, jamais amariam a Jesus, porque para amá-Lo é preciso conhecê-Lo. Não se sabendo da existência de Cristo, nem de como é, não se pode amá-Lo de fato.

Como, então, sabiam da existência do Verbo vivo e como também chegaram a conhecê-Lo? Através da fé dada por Deus mediante ao conhecimento da Palavra. Pregaram-lhes o Evangelho, os eleitos ouviram e em seus corações foi enxertada a fé cristã, firme fundamento e prova. Tão firme e tão certa que os levava a amar a alguém nunca visto por eles, cuja voz resultante da vibração das cordas vocais jamais ouviram, e a ter em si mesmos a prova da veracidade plena da doutrina cristã.

"no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;" - Os eleitos de Deus, destinatários da Carta, nunca haviam visto a Jesus, mas O amavam. Além disso, apesar de agora não verem a Cristo, crendo no Senhor, eles grandemente se alegravam, com uma alegria indescritível de tão maravilhosa e cheia de glória.

Traz júbilo ao coração fixar os olhos sobre o "agora" do versículo, porque marca indelevelmente o fato de que agora não veem a Jesus, mas chegará o momento em que O verão. Apesar de não verem a Jesus agora, terminado o combate, findas as tentações e as contrições delas consequentes, eles comparecerão aprovados perante o Rei dos reis e com Ele estarão para sempre, em grande e inefável alegria.

Interessante notar que, mesmo em meio a dificuldades terríveis, que provavam como o fogo, não havendo nunca visto ao Senhor, n'Ele os cristãos já na terra se alegravam com "gozo inefável e glorioso". Assim devem sempre ser os cristãos de hoje, dos quais sou um, guardando a fé mesmo sem nunca ter visto ao Senhor e em meio a qualquer dificuldade, porque Deus está conosco e nos protege, guardando a nossa salvação nos céus para nós e nos guardando para a salvação.

Em finalização, fica fortemente marcado o fato de que os cristãos aos quais Pedro escreveu nunca viram a Cristo, assim como os cristãos de hoje. De nós foi dito por Jesus: "[...] Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!" [João 20:29] Paulo, por sua vez, inspirado por Deus diz: "Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos." [Romanos 8:24-25] E ainda o autor da Epístola Aos Hebreus, havendo recebido de Deus, diz: "Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a provas das coisas que se não vêem." [Hebreus 11:1] Daí vemos que a fé cristã é firme e, portanto, não está alicerçada sobre a incerteza, mas, tendo uma base sólida e inabalável, que é o próprio Cristo, podemos confiar plenamente na total certeza da Palavra de Deus.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Comentário de I Pedro 1:7

Por Rouver Júnior


INTRODUÇÃO

É importante e necessário estar os eleitos, por um pouco de tempo, sofrendo intimamente o sentimento incômodo gerado pelas numerosas tentações advindas sobre si, com o objetivo de que o processo pelo qual passa o nosso firme fundamento da esperança, sendo também a prova do invisível, se encontre "em louvor, e honra, e glória", quando Cristo Jesus manifestar-se com grande glória e poder.


TEXTO DE BASE

"Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo;" [1Pe 1:7]


COMENTÁRIO

"Para que a prova da vossa fé" - Sabemos que as dificuldades pelas quais passam os eleitos têm o intuito de provar a nossa fé.

A prova é um processo, com começo e fim, no qual alguma coisa é submetida a circunstâncias específicas visando verificar se essa coisa realmente se encontra apta para determinado fim.

Daí vemos que, se nossa fé é provada, ela logo passa por um processo, no qual é submetida a circunstâncias específicas para que se verifique se ela está apta para algum fim.

As circunstâncias pelas quais a nossa fé passa a fim de ser provada são as tentações, de modo a sermos experimentados e verificados se somos aptos para entrarmos nas moradas celestes.

É claro que, por fim, em tudo, não haverá mérito nosso algum, porque até a fé que temos vem de Deus, porque ela vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus. Assim, a prova pode ser encarada como uma verificação do estado de nossa fé e como processo de aperfeiçoamento. Quanto a Deus, a prova é um processo de aperfeiçoamento que Ele nos concede.

"muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo" - A fé dos eleitos de Deus para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo é, quanto ao valor, muito superior ao ouro. Este é o material mais valioso existente sobre a terra, mas a fé dos servos de Deus é "muito mais preciosa do que o ouro".

Outro tanto, a fé é imaterial e o ouro matéria, sendo que, por assim ser, o ouro se estraga com o passar do tempo. Mas a fé dos cristãos se aperfeiçoa.

Vejamos, porém, que o ouro, matéria e, portanto, perecível e corruptível, é provado pelo fogo e o vence. As chamas não destroem o ouro. Ele também é submetido a circunstâncias específicas para a verificação de sua aptidão a um fim. Ele é provado e vence a prova, sendo perecível.

O ouro passa pelo fogo. Antes do início da prova, ele se encontra em uma forma inadequada. Sendo provado, sofre na ardência das chamas e se derrete. Depois, por haver se derretido, pode ser moldado de acordo com a vontade do ourives, que faz dele um anel de honra, por exemplo. Terminada a prova, o ouro derretido se endurece novamente, mas agora com nova forma e purificado da impureza anterior.

Assim a fé. Antes da prova, a fé está formalmente inadequada. Com as tentações resistidas, como que passando pelo fogo, ela se derrete com o sofrimento, mas não deixa de ser fé. Depois de derretida, pode ser moldada de acordo com a vontade do Autor e Consumador da fé, Jesus Cristo, que faz dela um sinal de louvor, de honra e de glória. Terminada a prova, a fé se fortalece e agora na forma adequada e livre de qualquer imperfeição.

"na revelação de Jesus Cristo" - Vale entender que o resultado não acontecerá em qualquer tempo, mas tem um momento certo de dar-se: "na revelação de Jesus Cristo". Passaremos por tentações na terra, porque temos no mundo aflições, mas quando o Cordeiro de Deus manifestar-se aos olhos de toda a criatura, quando todo o joelho dobrar-se e toda a língua confessar que Jesus Cristo é o Senhor, então ouviremos do Senhor Jesus: "Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;" [Mt 25:34], isto é, a prova de nossa fé se achará "em louvor, e honra, e glória".

Vale notar, neste versículo fala-se de prova da fé e de fogo, havendo I Pedro sido escrita possivelmente no ano 63 d.C. e endereçada a habitantes de províncias romanas. Em 64 d.C. foi posto fogo em Roma e os cristãos romanos foram fortemente torturados e passaram pelo fogo, sendo queimados vivos. Sendo a Carta escrita em 63 d.C., é interessante perceber 1Pe 4:12, que diz: "Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;"

Em conclusão do texto, a prova vem ardendo como fogo, derretemo-nos no ardor das tentações, mas, perseverando, o Senhor nos molda pela sua vontade; a prova termina e a prova de nossa fé é achada "em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo".

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